Um juiz dos Estados Unidos aprovou no final do domingo (5) a venda de ativos da General Motors (GM), em uma operação que vai permitir que os ativos mais lucrativos da companhia deixem o processo de recuperação judicial sob tutela do governo do país.
O juiz Robert Gerber, da corte de falências em Manhattan, afirmou que a venda vai "impedir a morte de um paciente na mesa de cirurgia".
A decisão de Gerber concedeu um prazo de quatro dias para apelações antes de se tornar definitiva na quinta-feira.
Sob o acordo, a "Nova GM" vai operar as melhores partes da antiga companhia, incluindo as marcas Chevrolet e Cadillac, com uma força de trabalho menos custosa, rede de concessionários menor, e dívida reduzida em muito. O restante da companhia será liquidada.
A venda marca a segunda importante vitória para a administração Barack Obama, cuja força-tarefa de recuperação do setor automotivo norte-americano ajudou na venda da Chrysler para um grupo de investidores liderado pela italiana Fiat, no mês passado.
A GM, que havia pedido recuperação judicial contra falência em 1o de junho, argumentava que seria forçada a entrar em liquidação se a venda não fosse aprovada e o governo norte-americano ameaçava com fim de financiamento à montadora se o acordo não fosse aprovado até 10 de julho.
"A GM não pode sobreviver com a continuidade dos prejuízos... e sem financiamento do governo que vai expirar em questão de dias", escreveu Gerber na decisão que consumiu 95 páginas.
O juiz rejeitou queixas de um grupo dissidente de credores da GM que afirma que a montadora poderia se reestruturar sob um plano de recuperação judicial mais tradicional, no qual os credores teriam direito a voto.