A assembleia geral de credores da Avianca Brasil deverá avaliar o plano de recuperação judicial da quarta maior empresa aérea do Brasil na primeira quinzena de abril. A data ainda não foi definida, mas deverá ser ajustada com o administrador judicial da empresa.
O juiz da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, Tiago Henriques Papaterra Limongi, prorrogou até a assembleia de credores a ordem da suspensão de ações judiciais e medidas administrativas que incluam pedidos de alteração de registro de aeronaves em tramitação na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ou à retirada de aviões e motores que estejam na posse da Avianca.
A Justiça condicionou a suspensão das ações ao pagamento das parcelas devidas às companhias de arrendamento a partir do dia 5, “bem como ao fiel cumprimento das demais obrigações contratuais, notadamente as que dizem respeito à manutenção e reparação dos equipamentos objeto de arrendamento.”
Segundo o Valor, no plano de recuperação judicial, a Avianca propõe criar uma “unidade produtiva isolada”, que ficaria com os aviões e parte dos direitos de pouso e decolagem atualmente usados pela companhia. Essa unidade, que teria 49% de participação dos fundos de investimento Manchester Securities, Elliott Associates e Elliott International, seria leiloada para quitar as dívidas da Avianca, que está negociando um aporte de US$ 75 milhões desses fundos.