A Justiça do Rio negou nesta segunda-feira o pedido de uma empresa de leasing americana para que a Varig devolva um avião de sua propriedade. A East Trust-Sub 3 havia arrendado o Boeing 737-3Y0 à Varig em 2000, junto com as turbinas e demais acessórios.
Pelo arrendamento, a companhia aérea está devendo cerca de US$ 190 mil. E a empresa dona da aeronave alegou que a obrigação com o aluguel não está prevista no Plano de Recuperação Judicial, iniciado no meio do ano passado, e que prevê a reestruturação da Varig para o pagamento de dívidas com credores.
Para o juiz Wilson Marcelo Kozlowski, da 22ª Vara Cível da Justiça do Rio, a empresa americana só queria pressionar a Varig para pagar sua dívida, uma vez que o avião não serve mais para a East Trust e seria transformado em sucata nos Estados Unidos.
Segundo o representante dos Trabalhadores do Grupo Varig, Márcio Marsilac, a decisão judicial foi acertada.
- Os próprios credores, quando aprovaram o plano de recuperação da Varig, sabiam que neste primeiro semestre, em função da sazonalidade semestral que existe no mercado de transporte aéreo, seria muito complicado para que a Varig honrasse com todos os seus compromissos. Não poderemos ter aqui um ou outro credor atrapalhando todo um processo de recuperação da empresa, em virtude de resguardar os seus próprios direitos - disse.
De acordo com o juiz Kozlowski, a preservação da Varig é de interesse público, já que ela representa o Brasil perante o público internacional. E muitas pessoas que dependem da companhia aérea seriam prejudicadas em favor de uma só pessoa, caso o avião fosse devolvido.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast