Rio de Janeiro A Justiça do Rio de Janeiro deu prazo até quarta-feira para que a VarigLog, ex-subsidiária de logística da Varig, dê maiores esclarecimentos sobre a proposta de compra da companhia aérea por US$ 485 milhões. Ontem, o juiz da 8.ª Vara Empresarial do Rio e Janeiro, Luiz Roberto Ayoub, esteve reunido com representantes da VarigLog para discutir a oferta. A entrega do detalhamento estava marcada para ontem, e será com base neste documento que Ayoub irá considerar a viabilidade ou não da oferta e marcará um cronograma para um novo leilão.
O juiz da 8.ª Vara Empresarial, Paulo Roberto Fragoso, que também responde pelo processo de recuperação judicial da Varig, informou que o adiamento do prazo tem como objetivo "o maior detalhamento possível e transparência na análise da nova proposta". O adiamento de prazo foi negociado pelos advogados da Varig e representantes da Deloitte, administradora judicial da companhia, que entregaram uma petição ao juiz. Em nota, a Justiça informou que a Varig continua negociando com credores e empresas de leasing um prazo maior para negociar suas dívidas.
Recursos
Apesar de o detalhamento ainda não ter chegado à Justiça, o sócio da consultoria Alvarez & Marsal, Marcelo Gomes, apontou que a VarigLog depositaria um sinal de US$ 20 milhões para dar fôlego à companhia aérea. "Essa é uma prova da seriedade dessa proposta. Eles estão depositando antes para garantir um fluxo de caixa para a companhia enquanto detalhamos a oferta."
A ex-subsidiária de logística já depositou pouco mais de US$ 3 milhões (aproximadamente R$ 8 milhões) para despesas correntes da companhia aérea e se comprometeu a fazer novos depósitos ao longo do período das negociações. Em garantia ao depósito, a VarigLog recebeu uma nota promissória da Varig. Segundo Marcelo Gomes, os recursos serão usados principalmente para pagar combustíveis e empresas de leasing. Ele afirmou ainda que a Varig já conseguiu garantir combustível com a BR Distribuidora para operar durante o dia de hoje.
O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas (Snea) entrará nos próximos dias com mandado de segurança contra a decisão da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) de aprovar a venda da VarigLog para a Volo do Brasil. A aprovação era uma precondição para que os novos sócios da VarigLog confirmassem a proposta de US$ 485 milhões de compra da Varig.
O Snea aguarda a publicação no Diário Oficial da União da ata da reunião de sexta-feira, na qual a diretoria colegiada da Anac aprovou a transferência das ações da VarigLog para a Volo. O Snea é contra a venda da Varig Log para a Volo por entender que a operação fere a lei que limita em 20% a participação de estrangeiros em empresas aéreas brasileiras. A Volo tem como sócios três empresários brasileiros e mais o fundo americano Matlin Patterson.
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