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Justiça reabre bancos em Curitiba

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Os bancos HSBC e Bradesco conseguiram, ontem, liminares na Vara do Trabalho de Curitiba que impedem o Sindicato dos Bancários de Curitiba e região de fechar as agências bancárias da capital durante o período de greve. Isso significa que os postos podem reabrir, desde que os funcionários estejam dispostos a voltar ao trabalho. Caso eles continuem em greve, as agências permanecerão fechadas, o que torna impossível saber com certeza que unidades voltarão às atividades normais a partir de segunda-feira.

O HSBC conseguiu o interdito proibitório, válido apenas para a capital, na 20.ª Vara do Trabalho de Curitiba. Já a liminar conseguida pelo Bradesco, na 4.ª Vara do Trabalho, abrange toda a região metropolitana de Curitiba. Os interditos informam, porém, que a liminar "não é eficaz para impedir os trabalhadores que aderiram à greve de abordarem os demais colegas de trabalho".

É dessa frase que o sindicato regional está se valendo para manter as agências destes bancos fechadas, entrando em contato com os trabalhadores para convencê-los a continuarem em greve ou aderirem ao movimento.

O balanço de sexta-feira foi fechado pelo sindicato ao meio-dia, antes da chegada das liminares. Até então, a greve atingia 231 das 361 agências da capital (63%) e 285 das 468 da Grande Curitiba (60%). O sindicato não mensurou ainda o impacto das liminares na região, mas informou que já recorreu delas. Um novo balanço deve ser divulgado na segunda-feira.

O HSBC tem 33 agências em Curitiba e 22 delas estavam fechadas por causa da paralisação. A assessoria de imprensa informou que, no decorrer da tarde, todos os postos de atendimento fechados reabriram gradativamente. O sindicato discorda. "O retorno às agências foi pequeno, a maioria continuou fechada. Isso só mostra a insatisfação dos funcionários", conta Otávio Dias, presidente do sindicato regional.

O Bradesco não soube informar quantas agências reabriram na tarde de ontem e a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) também não dispunha da informação. O sindicato considera que a liminar concedida por um juiz de Curitiba não pode ter efeito sobre as demais cidades da região e lembra que, em anos passados, conseguiu derrubar interditos proibitórios semelhantes. Nesta semana, outra liminar que pedia o impedimento da ação do sindicato no fechamento das agências, impetrada pelo Santander, não foi aceita.

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