
A Justiça suíça fez ontem uma operação de busca e apreensão de dados e documentos nos escritórios do banco HSBC no país, para procurar provas de que o banco facilitaria a lavagem de dinheiro vindo do exterior. O judiciário suíço vem sendo pressionado e o país vive um clima de mal-estar desde que uma rede de jornais revelou que o banco havia ajudado 100 mil clientes de todo o mundo a abrir contas na Suíça e fugir do controle de seus países. Só no caso dos brasileiros são mais de 8,7 mil contas num total de US$ 7 bilhões depositados.
Criticados por permitir que um banco atue para lavar dinheiro de criminosos de todo o mundo, os suíços decidiram finalmente descruzar os braços.
No último fim de semana, o Ministério Público da Confederação Suíça indicou que não tinha como agir, alegando que os dados revelados pela imprensa eram roubados. Mas, na manhã de ontem, foi a Justiça de Genebra que lançou a operação de busca e apreensão no banco. A acusação é de "lavagem de dinheiro agravado". O processo foi liderado pelos procuradores Olivier Jornot e Yves Bertossa.
Pelo menos dois escritórios em locais diferentes da cidade foram alvos da operação, que durou todo o dia. Para a Justiça, o banco pode ser responsabilizado por crime se ficar provado que não adotou medidas necessárias para evitar que suas contas fossem usadas para lavar dinheiro. Ao deixar os escritórios do banco, Jornot confirmou que havia colhido "muito material".
O HSBC respondeu imediatamente. "Temos colaborado com as autoridades suíças desde a descoberta dos dados roubados, em 2008, e vamos continuar a cooperar", indicou o banco por meio de seu porta-voz, Michael Spiess. A Justiça de Genebra indicou que deve chamar funcionários e banqueiros do HSBC a prestar depoimento nos próximos dias.
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