Cupertino, Califórnia - A norte-americana Amazon com está colocando à venda o leitor eletrônico de textos Kindle para clientes de mais de cem países além dos Estados Unidos, inclusive o Brasil. O leitor digital já está em pré-venda e começa a ser oferecido a partir do dia 19 de outubro. O preço ficará em torno de R$ 1 mil US$ 279 mais as taxas de importação.
A Amazon acrescentou que está oferecendo muitos jornais e revistas internacionais pela primeira vez na Kindle Store, entre eles o brasileiro O Globo, para assinatura ou compra avulsa. Os clientes internacionais também terão à disposição um acervo de mais de 200 mil livros em inglês. Em média, os lançamentos custam US$ 12 (R$ 21) e os não lançamentos U$ 6 (R$ 11). A empresa diz que pretende, no futuro, também oferecer livros em outras línguas.
O Kindle usa as redes de telefonia móvel de alta velocidade para baixar livros, revistas, jornais ou documentos pessoais. No Brasil, o aparelho terá uma conexão 3G gratuita para downloads, mas não foi informado qual operadora oferecerá o serviço.
"Pela primeira vez o Kindle estará disponível para a venda fora dos Estados Unidos", informou o fundador e presidente da Amazon, Jeff Bezos, ao apresentar o modelo internacional em Cupertino, na Califórnia. "Agora o Kindle funcionará em dezenas de países", anunciou.
O Kindle se converteu no produto mais vendido da Amazon desde que foi lançado há dois anos. Para cada 100 livros impressos vendidos pela Amazon, são compradas 48 edições digitais para se ler no Kindle. Bezos informou ainda que recebe permanentemente mensagens de amantes da leitura que rejeitavam os e-books e que agora se tornaram fãs deles. "Há um novo renascimento da leitura nesse sentido. Não há volta atrás", assegurou, enumerando as vantagens do Kindle, como o fato de poder ser mais leve e ter um dicionário incorporado.
A Amazon planeja lançar no próximo ano uma versão internacional de seu elegante modelo Kindle DX, que foi lançado no mercado americano há cinco meses.
O anúncio da empresa norte-americana é uma tentativa de dominar o mercado mundial de leitores digitais. Os grupos competidores buscam se desenvolver nesse setor, como a Sony, que anunciou em agosto a adoção de um formato aberto para seu e-book Sony Reader.