A presidente argentina Cristina Kirchner decretou nesta segunda-feira (16) a expropriação da propriedade da YPF, subsidiária da Repsol na América Latina.
Segundo o governo, foi fixado o controle para o Estado Federal de 51% da empresa e para as províncias dos 49% restantes, anunciou a Casa Rosada. A proposta enviada co Congresso Nacional do país declara "de interesse público" a exploração de petróleo e derivados.
"A produção de hidrocarbonetos passou ser um bem de interesse público para que o país possa alcançar a autossuficiência em petróleo (...)", segundo o texto lido por um locutor oficial em uma cerimônia presidida por Kirchner.
Segundo a presidente, o objetivo é fazer com que o país seja autossuficiente. De acordo com Cristina Kirchner, da forma como está, a Argentina "corre o risco de se tornar inviável" devido às políticas empresariais em curso na região.
As autoridades argentinas criticam a empresa YPF por ter reduzido seus investimentos no país, o que obrigaria a Argentina a aumentar suas importações de hidrocarbonetos. A Repsol rechaçou as críticas, destacou que o objetivo é investir US$ 3,4 bilhões no país até dezembro e apelou pelo prosseguimento das negociações.
- Petrobras e Repsol defendem seus negócios na Argentina
- Argentina acorda com Petrobras o desenvolvimento de projetos de investimento
- Funcionários do governo argentino tomam o controle da YPF
- Expropriação parcial da YPF é 'decisão hostil', diz Espanha
- Argentina suspende registro da Bunge por evasão fiscal