A Klabin aprovou ontem em assembleia a emissão de debêntures no valor de R$ 1,7 bilhão como parte da capitalização para a construção da fábrica de celulose em Ortigueira, na região de Campos Gerais. O projeto, batizado de Puma, deve absorver R$ 5,8 bilhões.

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Do total das debêntures, até R$ 1,3 bilhão poderá ser subscrito por dois investidores – a Sheares Investments B.V, subsidiária do grupo Temasek, de Cingapura, e pelo HS Investimentos, do grupo Ligna. Outros R$ 400 milhões serão negociados com outros investidores, segundo o diretor-geral da companhia, Fabio Schvartsman em teleconferência com jornalistas na noite de ontem. Segundo o diretor, a fábrica de Ortigueira terá o menor custo de produção entre as fábricas desse tipo no mundo. "Em três anos a Klabin vai dobrar de tamanho", completa.

Prazos e valores

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A operação prevê a emissão de 27,2 milhões de debêntures mandatoriamente conversíveis. A negociação com os dois grupos será efetuada após respeitado o prazo de direito de preferência dos demais acionistas, que vai até fim de dezembro. A expectativa é a emissão possa ser contabilizada no caixa da Klabin em seis de janeiro. Eles poderão deter, com as debêntures, até 13% do capital da empresa.

O prazo de conversão é de quatro anos, que poderá ser antecipado ou postergado de acordo com a meta de produção de 300 mil toneladas até junho de 2016. Segundo ele, a alavancagem da companhia, hoje em duas vezes o valor da sua geração de caixa medida pelo EBTIDA, subirá para quatro vezes.

A empresa também já anunciou financiamento com o BNDES (R$ 4 bilhões) e no Banco Intermericano de Desenvolvimento (BID), com R$ 300 milhões.

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Com a operação, a Klabin pode começar a negociar com fornecedores para a nova fábrica, o que deve viabilizar a operação a partir de março de 2016, de acordo com ele.

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Dos R$ 5,8 bilhões do projeto, R$ 600 milhões irão para obras de infraestrutura, que incluem o asfaltamento de rodovias, construção de um terminal em Paranaguá e um ramal ferroviário de 20 quilômetros entre a fábrica e a malha da América Latina Logística (ALL).