Vista da atual fábrica da Klabin, em Telêmaco Borba.| Foto: Henry Milleo/Gazeta do Povo

A Klabin anunciou que escolheu Ortigueira, na região dos Campos Gerais, para instalar a sua nova fábrica de celulose, que deve entrar em operação em 2015 e absorver R$ 6,8 bilhões em investimento.

CARREGANDO :)

A empresa informou que protocolou ontem no Instituto Ambiental do Paraná (IAP) o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto de Meio Ambiente (EIA-RIMA). O documento entregue indica que, caso o projeto seja aprovado pelo Conselho de Administração da Klabin, o município de Ortigueira poderá ser o local do novo complexo industrial.

Ortigueira disputava o projeto com os municípios de Tibagi e Telêmaco Borba, onde está a outra fábrica da empresa no Paraná. A produção da nova fábrica será de 1,5 milhão de toneladas de celulose por ano.

Publicidade

A Klabin tem cerca de 17,3 mil hectares de florestas em Ortigueira, com potencial para a ampliação de áreas no futuro. Além do suprimento de madeira, a empresa está interessada na logística de escoamento da produção e na proximidade de rios para fornecimento de água.

Pelo projeto, Origueira vai ficar com 50% do ICMS gerado pela fábrica e a outra metade será dividida entre outros 11 municípios da região de Campos Gerais e Norte Pioneiro que também vão fazer o suprimento de madeira. Trata-se de uma mudança em relação ao atual modelo, em que 100% do ICMS fica na cidade que abriga a fábrica. A partilha obedecerá critérios como a quantidade de madeira fornecida, o número de habitantes e o índice de desenvolvimento dos municípios, definido pelo Índice Ipardes de Desempenho Municipal (IPDM). Os municípios conveniados são Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerônimo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania.

O projeto deve ser o maior investimento privado e segundo da história do estado, atrás apenas da ampliação da Refinaria Presidente Getúlio Vargas, em Araucária, orçada em cerca de R$ 10 bilhões.

A Klabin encerrou o primeiro trimestre com lucro líquido de R$ 459 milhões, 227% acima do mesmo período do ano passado- graças principalmente, de acordo com a companhia, à correção dos valores dos ativos biológicos. A receita líquida avançou 1% na mesma base de comparação, para R$ 969 milhões.