Klabin espera dobrar de tamanho nos próximos 3 anos

A fabricante de papéis Klabin espera dobrar seu volume de produção e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) nos próximos três anos, disse o presidente da empresa, Fabio Schvartsman, nesta terça-feira (28).

"A Klabin deverá mais que dobrar (de tamanho) em termos de volume de produção e resultado medido pelo Ebitda", afirmou o executivo a jornalistas, após participar de um evento do setor em São Paulo.

Segundo ele, a nova fábrica de celulose da Klabin, que será construída em Ortigueira, no Paraná, representará grande parte desse crescimento, aliada com a aquisição de novas máquinas para fabricação de papéis.

"A Klabin tem um projeto já aprovado de uma nova máquina em Santa Catarina para papel para sacos. Está estudando duas novas máquinas para papel reciclado e iniciamos estudos para uma nova máquina de papelcartão", disse.

"Certamente haverá uma nova máquina de papelcartão, porque a hora que termina a sua capacidade, ou você faz uma nova máquina ou você perde espaço no mercado, e nós não queremos perder espaço."

O executivo explicou que atualmente a Klabin exporta 30% da sua produção de papelcartão, usado em embalagens em produtos de consumo, por exemplo, o que "dá algum espaço" para a empresa.Schvartsman afirmou que a máquina de papelcartão, se aprovada pela empresa, deve entrar em operação até o final de 2015.

Às 11h52, as ações da Klabin exibiam alta de 0,56%, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,7%.

Fábrica de celulose

O principal motor de crescimento da Klabin para os próximos anos, a fábrica de celulose no Paraná, deverá ser aprovada pelo conselho de administração da empresa ainda este ano, segundo o executivo.

O executivo afirmou que o conselho de administração da companhia deve aprovar neste ano a construção da fábrica de celulose, mas ressaltou que isso só será feito com o compromisso de investidores.

Schvartsman afirmou que a empresa busca fundos soberanos como investidores do projeto que terá capacidade para 1,5 milhão de toneladas e deverá entrar em operação em 2014. "Deve ser em torno de cinco fundos", disse, sem dar mais detalhes.