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Papel e celulose

Klabin lucra e volta falar de investimentos

Após um ano difícil, durante o qual teve de lidar com os efeitos da desvalorização do real, a Klabin volta a falar em investimentos de peso. Ontem, a empresa apresentou ao mercado um balanço que mostra a consolidação de sua recuperação, com um lucro de R$ 182 milhões no terceiro trimestre, que reverte o prejuízo de R$ 255 milhões do mesmo período do ano passado. Agora, a companhia quer ajeitar as contas para ter fôlego para seu próximo grande investimento, a construção de uma nova unidade de celulose em Telêmaco Borba, nos Campos Gerais.

A nova fábrica deve ter capacidade para produzir 1,5 milhão de toneladas por ano e tem um custo estimado de US$ 1,5 bilhão. Ela só deve sair do papel por volta de 2015, segundo o diretor geral da Klabin, Reinoldo Poernbacher. "Nossa primeira tarefa é desalavancar (diminuir o comprometimento com financiamentos) a empresa. Precisamos estar com o balanço adequado para ir adiante", explica.

Florestas

Por enquanto, a companhia tem a intenção de aumentar o tamanho de suas florestas, que precisam ganhar de 40 mil a 50 mil hectares, nos próximos cinco anos. A maior parte dessa expansão será feita por parceiros, mas a empresa está guardando 40% dos investimentos previstos para 2010, de até R$ 350 milhões, para o aumento da área plantada com eucalipto.

Para colocar as contas em ordem, a Klabin está se esforçando para reduzir o endividamento e recuperar suas margens. No fim de setembro, os débitos da companhia somavam R$ 4,6 bilhões, valor R$ 760 milhões inferior ao registrado no terceiro trimestre de 2008, quando a desvalorização do real fez disparar a dívida atrelada ao dólar. O custo de produção caiu 14% em relação ao terceiro trimestre de 2008. Esse fator, combinado com uma recuperação nas vendas, ajudou na recuperação das margens, em especial no mercado interno.

"A perspectiva é otimista porque estamos notando um aumento da demanda", diz Poernbacher. O diretor, no entanto, ressalta que a Klabin vai manter algumas medidas adotadas durante a crise, como a paralisação da unidade de Ponte Nova, em Minas Gerais. "Com o câmbio fortalecido a exportação fica afetada", justifica o executivo.

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