A produtora e exportadora de papéis Klabin viu seu resultado operacional subir acima das expectativas no quarto trimestre, beneficiada pela desvalorização do real e controle de despesas e custos no período.

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Entre outubro e dezembro, a companhia somou lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado de R$ 508 milhões, alta de 15% na comparação anual e acima de projeção média de analistas, de R$ 469,5 milhões.

Segundo a Klabin, mesmo excluído o valor não recorrente da venda de terras do Ebitda trimestral, a companhia registrou crescimento de 9% no resultado, "em linha com o observado nos nove primeiros meses do ano".

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Apesar da queda de 7% no volume de vendas no quarto trimestre sobre um ano antes, a Klabin viu incremento de 2% na receita líquida em mesmas bases, a R$ 1,26 bilhão. A companhia foi ajudada pela desvalorização do real em relação ao dólar, que impulsionou a receita obtida no mercado externo.

Enquanto isso, as despesas operacionais totais recuaram 22% na comparação com o mesmo trimestre de 2013, a R$ 136 milhões. Por sua vez, o custo caixa unitário foi de R$ 1.717 por tonelada, avanço de 2% sobre o verificado um ano antes.

"Neste trimestre de instabilidade no mercado doméstico, a parada para reforma para aumento de capacidade na máquina de papéis de Angatuba (SP) e adaptação da nova capacidade da máquina nº 9 de cartões em Monte Alegre (PR) restringiram a produção de papéis e cartões da Klabin, com impacto no volume de vendas", disse a empresa. A companhia ressalvou, porém, que atingiu seu 14º trimestre consecutivo de crescimento no Ebitda acumulado de 12 meses.

O prejuízo líquido da companhia veio em linha com as expectativas dos analistas, a R$ 127 milhões no trimestre, contra projeção média de R$ 122 milhões. No mesmo período de 2013, a linha ficara positiva em R$ 22 milhões.

O prejuízo foi afetado sobretudo pela piora no resultado financeiro da empresa, com aumento das despesas financeiras e impacto negativo das variações cambiais líquidas - efeitos que já eram esperados pelo mercado.

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"O resultado financeiro ao longo de 2014 foi influenciado pelo atual perfil de endividamento e posição de caixa da Klabin, estruturado para fazer frente aos investimentos necessários à nova planta de celulose", disse a empresa.

Os analistas do Plural avaliaram que o desempenho da companhia veio marginalmente melhor que o estimado. "A Klabin continua a oferecer um modelo de negócio de baixa volatilidade, e continuou mostrando taxas de crescimento decentes durante o quarto trimestre", afirmaram em nota a clientes.

INVESTIMENTOS

A companhia fechou 2014 com investimentos de R$ 2,9 bilhões, com R$ 2,2 bilhões desse montante direcionados ao Projeto Puma, a primeira fábrica de celulose do grupo, no Paraná.

"As obras têm caminhado dentro de prazo e cronograma estabelecidos previamente, e até dezembro de 2014 contavam com avanço físico de 38 por cento", disse a Klabin.

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