Eleito nesta semana para substituir Jéfferson Nogaroli, o novo presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae, João Paulo Koslovski, vai liderar o grupo que reúne 13 entidades do setor produtivo do estado, considerado um dos mais rentáveis do Brasil. No cargo, vai comandar um orçamento anual de R$ 130 milhões. O engenheiro agrônomo, formado pela Universidade Federal do Paraná, começou a trabalhar com Cooperativas já na década de 70. Assumiu a diretoria executiva da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) em 1976, depois a presidência em 1997 e continua no cargo até hoje. Além do Sebrae e da Ocepar, ele também preside a Federação e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Fecoopa) e a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Koslovski conversou com a repórter Lana Canepa sobre a nova missão.
Quais são as metas para o novo cargo?
Quase todo o nosso orçamento vem carimbado pelo Sebrae nacional, destinado a programas estabelecidos, e cada estado tem que fazer aquilo que está determinado pelo conselho. Nós queremos dar continuidade a esse bom trabalho e garantir participação mais efetiva dos conselheiros. Também pretendo unificar todo o trabalho no setor de empreendedorismo e fortalecer o treinamento dos jovens já nas universidades, talvez com uma disciplina formal, na grade curricular. Também pretendo ouvir mais as entidades, fazer mais reuniões regionais para saber das necessidades locais. Por fim, com o nosso aniversário de 50 anos, pretendo reforçar também o Projeto de Planejamento Estratégico do Sebrae/PR para os próximos dez anos. O nosso foco sempre é saber o que querem aqueles que precisam do trabalho do Sebrae, e o planejamento precisa ser seguido rigorosamente. A gente quer deixar a contribuição de promover uma melhor qualidade de vida para as pessoas, para que elas possam ser mais felizes.
Como o senhor avalia a gestão anterior?
O Jefferson Nogaroli fez um ótimo trabalho. Ele tem uma virtude que poucos têm: um espírito empreendedor que não tem barreiras, ele faz as coisas acontecerem. A contribuição dele foi tão importante que ele acabou ficando quatro anos no cargo.
Como o senhor foi escolhido para assumir a presidência?
Existe um acordo, feito há uns dez, para que, apesar de o mandato ser de quatro anos, a cada dois anos o presidente peça demissão e outro complete o mandato. Então eu estou completando o mandato do Jefferson Nogaroli. Assim, o candidato que é o atual vice é o próximo da fila da presidência. Depois de mim será a vez da Fiep, provavelmente. Esse rodízio é um acordo do setor privado para garantir que todos conquistem um pouco mais de espaço e atualizem as prioridades. O conselho tem o trabalho de dar as diretrizes para a equipe executiva, mas toda a equipe é muito profissional. A preocupação do conselho é acompanhar de perto para saber se todos os empresários estão sendo atendidos e ver a qualidade do serviço que está sendo prestado. A gente quer, dentro desse contexto, melhorar o que já está sendo feito.
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Brinquedos do Paraná
Fabricantes da capital e de mais seis cidades paranaenses Califórnia, Fazendo Rio Grande, Ponta Grossa, São José dos Pinhais e Toledo representam o estado na edição comemorativa dos 30 anos da Feira Brasileira de Brinquedos (Abrin), marcada para o período de 23 a 26 de abril, em São Paulo.
Com um volume de vendas na casa de R$ 1,5 bilhão, a Abrin é o principal evento do setor na América Latina e o terceiro maior no mundo. A feira é também a grande aposta da indústria nacional para recuperar parte do mercado ocupado pelos importados.
Do total de brinquedos comercializados no ano passado no Brasil, 60% vieram das importações. Estima-se agora que, com a perda de competitividade da China e o esforço dos fabricantes nacionais, este porcentual caia para 50% ainda em 2013 e para 30% em cinco anos.
O clima na Volks
A fábrica da Volkswagen em São José dos Pinhais tem agora uma estação meteorológica. Ela monitora fatores como velocidade e direção do vento, temperatura externa, pressão atmosférica e umidade relativa do ar. Com a novidade, a empresa vai controlar com mais precisão o uso de água fria ou quente para a climatização das cabines de pintura.
Resultado: em dias quentes, a fábrica usará menos gás natural para aquecer caldeiras. Nos frios, vai economizar eletricidade no resfriamento da água.
Tarefa hercúlea
Um grupo de trabalho da Federação das Indústrias do Paraná, composto por advogados tributaristas, economistas e outros especialistas, se debruça sobre uma proposta para simplificar o sistema tributário brasileiro. A intenção é que o documento esteja pronto até 25 de maio, data nacional da indústria do respeito ao contribuinte.
O trabalho é um desdobramento do movimento A Sombra do Imposto, lançado pela Fiep em 2010 para conscientizar a população sobre o impacto negativo da alta carga tributária brasileira e mobilizar a sociedade para exigir mudanças no sistema de impostos do país.
Liderando o IEP
Candidato de oposição, o engenheiro civil Cássio José Ribas Macedo foi eleito presidente do Instituto de Engenharia do Paraná e toma posse ainda em março. Ele recebeu 57,5% dos votos ao concorrer com Nelson Gomez.