Não se preocupe: assistir tevê 3D não traz nenhum risco à saú­­­­de ocular. É o que garante o presidente da Associação Para­­naen­se de Oftalmologia, Eze­­quiel Portella. "Não há ne­­nhum problema, não muda nada. Monito­res com essa tecnologia causam bem menos problemas e são até melhores que as televisões antigas, como as da década de 60, por exemplo, que tinham problemas de radiação", afirma.

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De acordo com Portella, o uso excessivo pode causar apenas um desconforto ocular, co­­mo pode acontecer com qualquer outro modelo de aparelho. "É a mesma coisa que acon­­tece com as crianças que têm costume de assistir a televisão de muito perto. Causa um desconforto, que também pode ocorrer se o telespectador não mantiver do aparelho a distância padrão recomenda pelo fabricante."

O oftalmologista descarta também a possibilidade de con­­tágio de conjuntivite, no caso de os telespectadores compartilharem os mesmos óculos. "Precisa estar muito contaminado para o contágio acontecer", diz. É diferente dos óculos usados nos ci­­nemas, onde a "rotatividade" dos dispositivos é mais alta.

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O único alerta – que também está presente nos manuais dos fabricantes – é o cuidado que mulheres grávidas, idosos ou pessoas embriagadas de­­vem ter ao passar por uma experiência 3D. Em pessoas com estas características, com labirintite ou ainda pro­­blemas de equilíbrio, é possível ocorrer tonturas ou en­­joos. "A recomendação é pa­­ra as pessoas que têm ci­­netose, ou seja, facilidade pa­­ra enjoar ou ficar tontas com qualquer movimento, o que pode acontecer durante a experiência", explica o oftalmologista.

Outra recomendação da­­da por Portella é direcionada às pessoas que usam óculos. Os produtos disponibilizados pelos fabricantes de televisores 3D ainda não le­­vam em consideração as lentes dos óculos convencionais. Se você usa óculos e pre­­tende passar por uma ex­­periência 3D, terá que usar o equipamento por cima de sua armação.