A ministra francesa das Finanças, Christine Lagarde, desembarcou no Brasil nesta segunda-feira em busca de apoio de uma das economias emergentes mais influentes para sua candidatura ao comando do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O apoio da maior economia da América Latina, que parece provável, poderia ajudar a atrair mais suporte de outras economias em desenvolvimento para a candidatura de Lagarde e reduzir o descontentamento com a prática de sempre se escolher um europeu para liderar o FMI.
Depois do Brasil, Lagarde irá para Índia, China, Rússia e Arábia Saudita. A francesa compete com o presidente do Banco Central do México, Agustín Carstens, o único candidato declarado ao FMI além de Lagarde.
"Estou vindo aqui, obviamente, para explicar minha candidatura... E também estou aqui para ouvir o que as autoridades brasileiras esperam do Fundo e de sua diretoria". disse Lagarde em sua chegada.
A renúncia de Dominique Strauss-Kahn, que deixou o posto de diretor-gerente do FMI para se defender das acusações de abuso sexual incluindo tentativa de estupro, motivou economias em desenvolvimento a pedirem o fim da tradição de se indicar um europeu para o comando do Fundo.
As nações europeias apoiam Lagarde, argumentando que a ministra francesa é crucial em um momento em que o FMI está gerenciando a crise de dívida soberana na zona do euro.