A ministra francesa de Finanças e candidata a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) iniciou nesta segunda-feira sua campanha por apoio à direção do organismo, prometendo ao Brasil que estenderá reformas para dar mais voz aos países emergentes.
"Se eu for eleita, eu irei garantir a diversidade dos membros em todos os níveis", disse ela a jornalistas, após encontros com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e com o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini.
Segundo ela, é óbvio começar sua campanha pelo Brasil, um dos países que tem defendido de forma mais enfática a mudança a da regra informal que determina que a chefia do FMI seja sempre ocupada por um europeu.
Num discurso aparentemente feito para seduzir o governo brasileiro, Lagarde afirmou que, se eleita, vai estender as reformas no organismo iniciadas por Dominique Strauss-Kahn, que tinha mandato até 2012, mas renunciou este mês após ser preso nos Estados Unidos por acusação de crime sexual.
Mais cedo, Mantega baixou o tom das afirmações feitas recentemente, dizendo que ainda não há um candidato indicado pelos países emergentes para o cargo.
"Vamos aguardar a apresentação dos candidatos e, depois de termos a posição de todos, é que o governo brasileiro tomará posição", disse Mantega.
"O importante é que a instituição continue trajetória de reformas, dando mais peso aos emergentes. O dirigente do FMI deve ser de qualquer nacionalidade, desde que seja competente e comprometido com agenda de reformas", afirmou o ministro.
Tombini defendeu, em nota, a continuidade da agenda de reformas do G-20.
Na quarta-feira, Mantega deve receber o candidato mexicano ao cargo, o presidente do Banco Central do México, Augustín Carstens.
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