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Lago da usina de Mauá começa a ser enchido

Barragem de Mauá em março: depois da formação do lago, turbinas serão acionadas aos poucos | Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Barragem de Mauá em março: depois da formação do lago, turbinas serão acionadas aos poucos (Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo)

Num procedimento que durou cerca de cinco horas, foi realizado ontem o fechamento dos dois túneis que desviavam a água do rio Tibagi e, com isso, teve início o processo de enchimento da represa da usina hidrelétrica de Mauá, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira, nos Campos Gerais. O enchimento deve ser concluído em até 90 dias. Até lá, o consórcio Cruzeiro do Sul – formado pelas estatais Copel e Eletrosul – fará testes antes de iniciar a comercialização da energia elétrica. A potência da usina é de 361 megawatts (MW), o suficiente para levar energia elétrica para cerca de 1 milhão de pessoas.

O superintendente do consórcio, Sérgio Luiz Lamy, disse por meio da assessoria de imprensa que o fechamento das comportas não teve imprevistos e foi mais rápido que o esperado. O procedimento foi planejado há dias e ocorreu após o cumprimento de todos os trâmites – como a derrubada de árvores, a retirada das moradias e o resgate dos sítios arqueológicos da região que será alagada.

Após a conclusão do alagamento da área, a usina terá uma lagoa com área de 84 quilômetros quadrados. Como a área é muito extensa, três pontes que eram usadas pelos moradores do entorno da usina tiveram de ser refeitas. Construídas em concreto, elas já estão prontas para uso da população.

O enchimento do reservatório vai depender da quantidade de chuva. O prazo inicial de formação do reservatório – 90 dias – foi previsto de acordo com o índice pluviométrico histórico da região, mas os primeiros testes já podem ser feitos dentro de 65 dias. Depois de todos os testes realizados, as unidades geradoras entrarão em operação gradativamente. O consórcio mantém o cronograma de concluir a construção da usina em janeiro de 2013.

A obra sofreu diversos ajustes no cronograma inicial em razão de problemas ligados ao licenciamento ambiental. Outra polêmica surgiu da falta de autorização da Assembleia, uma vez que a construção não passou pelo aval dos deputados, conforme prevê a Constituição estadual.

A concessão foi obtida em outubro de 2006, mas o canteiro de obras só pôde ser formado em julho de 2008. O desvio do rio Tibagi só ocorreu em setembro de 2009, quando a barragem começou a ser construída. O consórcio já investiu R$ 1,22 bilhão na construção da usina.

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