O presidente da Nova Varig, Guilherme Laager, disse nesta segunda-feira, durante encontro com jornalistas, que a companhia aérea chilena Lan deve concluir a negociação com a Varig e exercer o direito de compra de ações da empresa ainda no primeiro semestre. A Lan fez um aporte de US$ 17,1 milhões na Nova Varig e tem o direito de exercer a compra de ações. O dinheiro emprestado à Varig já está no caixa da companhia e, entre outras atribuições, foi destinado à aquisição de mais duas aeronaves que serão incorporadas à frota da Nova Varig em março. Laager disse que os executivos da Lan já estão na Varig conhecendo a rotina de trabalho da empresa e que, se a parceria for oficialmente fechada, será desenhada uma nova malha aérea.
O compartilhamento de vôos onde acordos bilaterais permitem, também estão no cardápio de opções previstos na parceria com a Lan. O presidente da Nova Varig afirmou que a companhia não foi procurada pelas concorrentes TAM e Gol e que soube de um possível interesse de ambas pelos jornais.
- Nossa idéia inicial era fazer um micro road show da nossa empresa fora do país para buscar parcerias quando surge a Lan. A parceria dá possibilidade à Varig de ampliação da frota, por exemplo, com as opções de leasing da companhia. O interesse da empresa é estratégico, já que o país é o caminho para a ampliação da Lan. Vamos ter uma resposta da Lan ainda no primeiro semestre. Isso não acontece de uma hora para a outra. Há um cronograma. Quanto à TAM e Gol, oficialmente não houve nenhum contato - disse Laager, sem revelar datas.
De acordo com fontes do setor, a entrada da Lan no Brasil por meio da Varig poderá aumentar o poder de fogo da chilena no mercado internacional, já que a Nova Varig tem como importantes ativos as rotas internacionais, garantidas na venda da empresa em leilão.
A Varig tem hoje uma frota de 15 aviões 737-300, um 767- e um MD11. Em março, entram em operação mais dois 737-300 e a previsão é de entrada de mais duas aeronaves em junho.
Laager, afimou nesta segunda-feira que a prioridade da companhia é ampliar o atendimento no mercado doméstico. Segundo ele, a empresa pretende aumentar freqüências para Recife e Salvador e retomar rotas como Belém, Natal e Foz do Iguaçu.