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Lançamentos de imóveis no país devem subir até 7% em 2013, aponta pesquisa

Os lançamentos de imóveis no Brasil podem aumentar cerca de 7 por cento neste ano, retomando o patamar visto em 2011 e se recuperando da queda de 2012, mostrou pesquisa divulgada nesta quarta-feira pela empresa de consultoria imobiliária Lopes.

"Os lançamentos em 2013 devem oscilar no mesmo patamar de 2011 e 2012, entre 80 bilhões e 86 bilhões de reais", disse a jornalistas o gerente de Inteligência de Mercado da Lopes, Caio Augusto. "As empresas estão evitando fornecer estimativas (para 2013), mas os lançamentos devem ser maiores ou pelo menos ficar estáveis."

Os lançamentos de imóveis no país somaram 80 bilhões de reais no ano passado, queda de 7 por cento em relação a 2011.

Em 2012, o setor imobiliário teve o ritmo de lançamentos prejudicado pela demora na aprovação de novos empreendimentos por parte das prefeituras, principalmente na cidade de São Paulo. Muitas empresas tiveram de adiar para o início deste ano lançamentos programados para o fim de 2012.

"Se o poder público não atrapalhar, o nível de lançamentos será mantido, com tendência de crescimento", afirmou a diretora de atendimento da Lopes, Mirella Parpinelle.

Do total lançado em 2012, a região metropolitana de São Paulo e Grande Rio responderam pela maior parcela, de 50 por cento.

Os imóveis residenciais também lideraram os lançamentos, com 81 por cento do valor total lançado, enquanto as unidades comerciais responderam por 16 por cento e o segmento hoteleiro por 3 por cento.

No âmbito residencial, os imóveis de médio padrão foram equivalentes a 51 por cento do total lançado, seguidos por imóveis voltados ao segmento econômico, com 30 por cento.

"Não foi lançado mais em econômico porque não tem terreno disponível... Esse é um segmento que não tem crise, representa a maior demanda", assinalou Mirella.

A pesquisa apontou ainda que houve redução de 23 por cento no número de conjuntos comerciais lançados ante 2011. Já o segmento hoteleiro se recuperou.

"A Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 impulsionaram os lançamentos de hotéis e flats", afirmou Mirella.

Em 2012, foram lançados 30 empreendimentos hoteleiros em 17 cidades, equivalentes a 2,1 bilhões de reais. No ano anterior, 21 projetos foram lançados.

"O segmento hoteleiro vai continuar em alta... A dificuldade é fechar a conta, pelo custo alto", disse Mirella, se referindo a custos como o do enxoval do hotel, que entra na conta do projeto.

Preços devem se manter

O preço médio de imóveis lançados em 2012 no país ficou em 5.590 reais por metro quadrado, alta de 9 por cento, considerando os segmentos residencial, comercial e hoteleiro. No segmento residencial apenas, houve alta de 10 por cento, a 5.110 reais por metro quadrado.

"Não acreditamos em mudança de preço. Os preços dos terrenos estão cada vez mais altos... Não tem como voltar atrás", afirmou Mirella. "O consumidor que quer morar em boa localização, com projeto moderno, vai pagar por isso... É a nova realidade de mercado. Não dá para comparar imóvel antigo com novo."

Se desconsiderada a variação do INCC --índice de inflação do setor de construção--, de 7 por cento em 2012, a valorização real de preços de imóveis residenciais foi de 3 por cento.

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