Aquele lanchinho no intervalo do trabalho ou da escola e o café da manhã da 'padoca' da esquina podem estar fazendo um rombo no seu orçamento mensal. Esse tipo de refeição subiu quase o dobro da média da inflação nos últimos 12 meses. O preço do lanche subiu, em média, 11,55% no período acumulado até julho. O pão de queijo teve reajuste de 12,15% e o refrigerante e a água mineral subiram 9,65%, Segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) medido pelo IBGE. No período, a variação do IPCA foi de 6,5%. Os doces, porém, subiram menos, com variação de 5,44%.
O café da manhã na padaria café, suco e pão na chapa está em média 12,27% mais caro. Os produtos panificados em geral subiram 11,11% e o pão francês, 13,86%. Segundo lanchonetes e restaurantes, o aumento dos preços dos alimentos e o mercado de trabalho aquecido com a mão de obra mais cara contribuíram para a disparada nos preços.
Mas para o especialista em orçamento familiar Emerson Fabris é preciso ficar atento. "Esses gastos em geral passam despercebidos e a pessoa fica com a sensação que está gastando mais, mas não sabe onde", diz. Se cada lanche sai entre R$ 10 e R$ 12 dependendo do local e do que se consome -- significa um gasto de, no mínimo R$ 240 no mês (levando-se em conta apenas os dias úteis). Em doze meses, o desembolso é de cerca de R$ 2,8 mil - valor que, sem correção, poderia comprar um smartphone de última geração ou uma smart tevê.
Para fugir dos gastos "escondidos" e economizar em tempos de inflação alta, o especialista sugere como alternativa diminuir a frequência dos lanches, buscar locais baratos e, por último, preparar o próprio lanche. "Isso faz uma diferença enorme no orçamento". Então, está disposto a trocar o pão de queijo pela tevê novinha?