Em fevereiro as demissões superaram as contratações em 25,8 mil no setor da construção civil, número que, segundo o ministro Manoel Dias, do Trabalho, foi influenciado pela Operação Lava Jato da Polícia Federal.
Segundo o ministro, a Lava Jato fez com que houvesse demissões em empresas que prestam serviços à Petrobras. “Neste primeiro momento, a Lava Jato influenciou na redução de emprego”, disse.
O impacto da Lava Jato no emprego tem sido mais forte no Rio de Janeiro e em Pernambuco, estados recordistas de demissão em fevereiro e onde a Petrobras tem forte presença. Mas as consequências de paralisação de obras devem ser sentidas em todo o país, afirmou Dias.
No Rio, foram desativadas 11,1 mil vagas de trabalho em fevereiro, sendo 4.043 na construção civil. Em Pernambuco, o saldo negativo foi de 10,6 mil vagas, 3.040 só na construção civil.
Dias espera que o mau resultado na construção civil em janeiro e fevereiro seja revertido a partir de março com novos contratos que estão sendo feitos.
Segundo o ministro, o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) tem orçamento de R$ 56 bilhões para construção de moradia para a baixa renda, o que tem potencial de gerar 545 mil postos de trabalho. De janeiro a 17 de março, foram liberados R$ 8,7 bilhões desses recursos, afirmou.
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