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Estiagem

Lavouras de trigo do Norte do estado sofrem com a seca

A estiagem poderá reduzir a colheita de trigo em Maringá. Depois de nove dias de tempo seco, com umidade relativa do ar variando entre 17% e 57%, a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) prevê perda de 20% a 30% do total dos grãos que estão em fase de formação, e que só deverão ser colhidos daqui a 20 dias. De acordo com o engenheiro agrônomo da Emater, Joaquim Nereu Girardi, a situação ainda pode piorar. "A cada dia que não chove, o prejuízo previsto aumenta", diz.

O trigo em fase de formação corresponde a aproximadamente 20% da plantação da cultura no município. Segundo Girardi, os outros 80% que já foram ou estão sendo colhidos não foram prejudicados pela estiagem, rendendo de 110 a 120 sacas por hectare. A dúvida é quanto à colheita que vai ocorrer em meados de setembro.

Paraná

No Paraná, o Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Agricultura e do Abastecimento afirma que o alerta está ligado para as propriedades rurais que têm trigo nas fases de floração ou de frutificação, que são mais vulneráveis à estiagem. Segundo o último relatório, divulgado há um mês, essas plantas correspondiam a 45% de 1,041 milhão de hectares com trigo no estado. A engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, afirma que já pode haver perdas, mas elas ainda não foram constatadas nos levantamentos. "O quadro é preocupante", explica. Ao todo, a estimativa é que o estado colha pouco mais de 3 milhões de toneladas de trigo neste ano.

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