São Paulo - A legislação europeia que regula o descarte de eletrônicos usados está servindo de base para o desenvolvimento de uma regulamentação semelhante em Minas Gerais. O projeto vem sendo tocado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente do estado e deverá ficar pronto ainda neste ano.
O órgão também pretende apresentar a proposta para ser discutida no grupo de trabalho que trata do assunto no Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama), para tentar chegar a um consenso nacional sobre o descarte de lixo eletrônico.
Conhecida como diretiva para o lixo de equipamentos eletroeletrônicos (Waste Electrical and Electronic Equipment ou WEEE, na sigla em inglês), a legislação é vista como uma das mais completas e pioneiras no mundo. Em vigor desde 2003, restringe o uso de materiais tóxicos na produção de eletrônicos e cria um sistema conjunto de coleta e reciclagem.
Apesar disso, apenas um terço do lixo eletrônico vem sido tratado corretamente na Europa. Uma revisão está sendo proposta para tentar estabelecer metas mais severas. Uma das ideias é estabelecer que países da União Europeia anualmente destinem para reciclagem ou reutilização 65% de todos os eletrônicos vendidos nos dois anos anteriores.
De acordo com o levantamento do Greenpeace, no Guia de Eletrônicos Verdes, a pressão por melhores práticas dos fabricantes de eletrônicos têm tido resultados práticos. A cada ano, mais empresas têm determinado a retirada de materiais tóxicos da produção de equipamentos e melhorado, aos poucos, a coleta de lixo eletrônico.
Banner
Enquanto pressiona governos ao redor do mundo a melhor o trato do lixo tecnológico, o Greenpeace tambpem aproveita a internet para outros tipos de ação. A próxima iniciativa da organização para pressionar o Brasil a se comprometer com medidas concretas contra o aquecimento global em Copenhague será transformar um banner virtual em real. Uma imensa faixa de quase doze mil metros quadrados e cerca de uma tonelada e meia será aberta em Brasília, com um recado para o presidente Lula. Grande parte da ação será financiada por internautas. Cada pedacinho do banner custa R$ 15 e revela parte da frase que estará escrita nele. Quem quiser participar da ação e entrar para o grupo de cyberativistas do Greenpeace deve acessar www.greenpeace.org.br/bannerclima.