A polêmica hidrelétrica de Belo Monte sofreu ontem novo revés. Numa decisão surpreendente, o consórcio Odebrecht/Camargo Corrêa anunciou que está fora da disputa pela terceira maior usina do mundo. Do Pará, veio outra notícia negativa. O Ministério Público do estado vai entrar hoje com uma ação civil pública na Justiça Federal de Altamira, pedindo a anulação da licença prévia da obra.
O resultado das duas notícias pode comprometer a realização do leilão, marcado para 20 de abril. Há quem aposte que a disputa seja adiada, mais uma vez, apesar de o governo não ter comentado a desistência do consórcio. A justificativa das duas construtoras foi que as condições econômicas e financeiras impostas pelo governo não tornam o projeto viável.
As empresas tentaram reverter o quadro enviando à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) várias reivindicações, como a revisão do preço previsto no edital. Mas não tiveram sucesso. Em resposta, enviada na madrugada de quarta-feira, a Aneel afirmou não ser possível modificar o processo licitatório. Segundo a Eletrobras, mais de dez companhias se inscreveram no processo. A estatal não informou os nomes e as formações dos consórcios.
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