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O leilão de energia de ajuste, que busca reduzir a descontratação das distribuidoras de 4 gigawatts médios de energia no primeiro semestre deste ano e evitar bilionários gastos nas operações de mercado de curto prazo, foi iniciado nesta quinta-feira, segundo informações do sistema de acompanhamento do leilão.

No leilão, a energia é negociada em dois prazos -- de 3 e 6 meses.

O preço inicial no leilão é de 30,26 reais por megawatt-hora (MWh), podendo chegar até o preço de liquidação de diferenças (PLD) máximo de 388,48 reais por MWh para todas as regiões do país, com exceção do Norte.

No Norte, o preço máximo que pode ser praticado é mais baixo, de 364,88 reais por MWh para o produto de 3 meses e de 319,52 reais por MWh para o produto de seis meses.

Os leilões de ajuste são realizados para atendimento pontual de contratação de energia existente pelas distribuidoras e podem ser realizados durante o próprio ano de suprimento até o limite de 5 por cento da carga total contratada.

O leilão desta quinta-feira é especialmente importante já que as distribuidoras precisam contratar um volume muito grande de energia num momento em que o Tesouro Nacional informou que não fará mais aportes para ajudar na cobertura dos gastos de curto prazo dessa companhias.

Segundo a Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), as companhias precisam de cerca de 4 GW médios nesse leilão, já que não estão contando ainda com a energia da hidrelétrica São Simão, que seria distribuída a essas companhias já agora no início do ano, diante de liminar da Justiça que mantém essa usina cuja concessão venceu sob responsabilidade da Cemig.

No ano passado, foram fechados empréstimos no total de 17,8 bilhões de reais para ajudar as distribuidoras de energia elétrica a arcar com gastos de curto prazo relacionados à descontratação.

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