O primeiro leilão de gás não convencional no Brasil, previsto para dezembro, poderá ofertar blocos de até cinco potenciais bacias sedimentares, segundo levantamento preliminar da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Pesquisas iniciais da ANP apontam que as maiores incidências do gás não convencional, também chamado de gás de xisto, estão nas bacias de Parecis (em Mato Grosso), Parnaíba (entre Maranhão e Piauí), Recôncavo (na Bahia), Paraná (entre Paraná e Mato Grosso do Sul) e São Francisco (entre Minas Gerais e Bahia), disse Olavo Colela, assessor da diretoria da ANP.
Entre os estudos da ANP, os menos avançados estão na bacia do São Francisco, uma vez que já existem contratos de concessão para extração de gás convencional na região e empresas privadas avaliam a área. Bacias localizadas na floresta amazônica ou em mar, mais complexas, ficariam de fora das primeiras licitações.
"Esponja"
O governo quer dar início à produção do gás de xisto no Brasil e pretende realizar em dezembro o primeiro leilão específico para esse tipo de exploração. "O gás é o mesmo, mas a forma de produção e o reservatório são diferentes. É um reservatório com menos permeabilidade (de xisto), como se fosse uma esponja, e é preciso fazer o fraturamento desses poros com água para que saia o gás", explicou Colela.
São Mateus
A produção de gás não convencional no Brasil é praticamente inexistente. A única exploração do gênero é feita pela Petrobras, no município paranaense de de São Mateus do Sul. A estatal produz no local uma quantidade pequena de óleo e gás, via aquecimento.
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