O leilão de energia realizado nesta sexta-feira (28), para projetos que serão concluídos em 2019, comercializou 2.742 MW -- cerca de 2% da capacidade instalada atual --, sendo, em sua maioria, de usinas termelétricas.
Há poucos dias do pleito, a maioria dos empreendimentos hidrelétricos foi impedida de participar do leilão por não conseguir as licenças ambientais prévias. O governo adiou o pleito por duas oportunidades a fim de que as hidrelétricas conseguissem as licenças. Porém, o esforço não valeu de nada.
O único projeto hidrelétrico comercializado foi o de Itaocara, que não conseguiu vender sua energia e agora precisará de um novo leilão para poder sair do papel. Os poucos projetos de fonte hidráulica que conseguiram vender energia foram três pequenas centrais hidrelétricas (PCHs), que comercializaram 23,7 MW.
Térmicas
As usinas termelétricas venderam 2.303 MW, sendo 1.700 MW de fontes à gás, 294 MW a carvão e 310 MW a biomassa. Ao todo, foram 12 projetos vendidos. A venda de térmicas era um outro objetivo do governo.
Há três anos não eram contratados empreendimentos térmicos. Embora tivessem sido disponibilizados 8.082 MW, a venda de 21% do total indica que parte do propósito do leilão foi alcançado.
Os empreendimentos eólicos também tiveram boa aceitação, comercializando 415 MW de 36 projetos. Já fotovoltaica encontrou mais dificuldade e não conseguiu comercializar energia.
Os preços médios para cada fonte ficaram em R$ 161,89 por megawatt-hora para as PCHs, R$ 205,19 por MWh para as térmicas e R$ 136 por MWh para as eólicas. O leilão vendeu pouco menos de 10% da capacidade total dos projetos disponibilizados no pleito. Participaram 821 empreendimentos, que somavam uma oferta de 29.242 MW.
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