O primeiro leilão exclusivo para energia eólica, organizado ontem pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), contratou um volume de energia próximo ao esperado pelo mercado, a um preço médio abaixo das expectativas do governo. Foi comercializado o equivalente a 1.805 MW instalados, em 71 projetos em Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará, Bahia e Rio Grande do Sul. O pregão, que se estendeu por quase oito horas, foi bastante competitivo: registrou preço médio de R$ 148,39 por MWh, deságio de 21,5% sobre o teto inicial do leilão (R$ 189). O montante financeiro transacionado será em torno de R$ 19,5 bilhões, por toda a vigência dos contratos.
"Hoje, podemos dizer que a fonte eólica efetivamente está tendo condições de entrar no mercado brasileiro, a partir do momento em que consegue apresentar preços que competem com a biomassa e com outras fontes. Esse leilão é um sucesso absoluto, pela quantidade e pelos preços que tivemos", afirmou o secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann.
O diretor-geral da Aneel, Nelson Hubner, disse que esperava que o preço médio ficasse acima de R$ 160. Os valores comercializados ontem ficam bem abaixo do preço pago atualmente às eólicas (máximo de R$ 278, nos contratos do Proinfa, programa do governo de fontes renováveis). Na hidrelétrica, por exemplo, esse valor varia de R$ 70 a R$ 100.Zimmermann disse acreditar que a energia eólica não precisa mais de pregões específicos, por já ter um preço suficientemente competitivo para disputar com outras fontes. Mas ressaltou que o setor já tem as vantagens de ICMS reduzido, de PIS/Cofins suspensos e, desde a semana passada, de IPI permanentemente zerado para aerogeradores. Segundo Mauricio Tolmasquim, presidente da EPE, o leilão firma a energia a partir do vento como complemento atraente, do ponto de vista econômico e ambiental, à geração hidrelétrica.
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