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Expoingá

Leilões já renderam R$ 2,25 milhões

Maringá – O Paraná ainda não recuperou o status de área livre de febre aftosa, mas o movimento de animais na Exposição Agropecuária de Maringá (Expoingá) revela que, pelo menos internamente, o problema está solucionado. Nos seis primeiros leilões realizados durante o evento até terça-feira, o faturamento atingiu R$ 2,25 milhões. A expectativa dos organizadores é de um resultado superior a R$ 8 milhões, com a realização de 15 remates.

No ano passado, ainda sob o efeito da polêmica causada pela aftosa na região, a comercialização de animais na Expoingá rendeu R$ 4 milhões, praticamente a metade do valor projetado para este ano. O número de animais em exposição também aumentou, de 3 mil para 7 mil cabeças, principalmente bovinos, eqüinos e ovinos, uma atividade que começa a ganhar espaço entre os pecuaristas do Paraná.

Entre os destaques dos leilões estão os lotes de elite de gado nelore. Em um deles foi negociado por R$ 873 mil, uma média de R$ 24 mil por animal. Em outro remate, apenas de embriões, o preço chegou a R$ 720 mil. No fim de semana, um pecuarista arrematou 50% de uma bezerra nelore, de apenas 4 meses, por R$ 140 mil. Adalberto Góes, diretor de pecuária da Sociedade Rural de Maringá (SRM), entidade promotora da feira, explica que esse balanço parcial mostra que a região não apenas superou o episódio da aftosa, como está investindo no melhoramento genético do rebanho.

Góes acredita que o resultado poderia ser ainda melhor, não fosse a ausência dos produtores do Mato Grosso do Sul. Tradicionais expositores da Expoingá, eles não puderam participar porque o estado ainda não conseguiu resolver o problema da doença e continua interditado pelas autoridades sanitárias. Foi naquele estado que, em outubro de 2005, confirmou-se o caso de aftosa que respingou no Paraná e fez com que o Ministério da Agricultura (Mapa) reconhecesse, por decreto, focos da doença em rebanhos paranaenses.

Em 2006 a feira foi prejudicada pela suspeita de um foco de febre aftosa na Fazenda Cesumar, localizada dentro do município de Maringá. A liberação do Parque Francisco Feio Ribeiro ocorreu apenas 30 dias antes do início da exposição e prejudicou a inscrição de animais. A feira só aconteceu porque uma medição apontou que o local estava a 11 quilômetros da área suspeita. Uma instrução do Mapa interditou, na época, todas as propriedades e rebanhos num raio de 10 quilômetros de onde foram verificados focos da doença.

Serviço: A Expoingá, que teve início no dia 10, prossegue até domingo. A expectativa dos organizadores é atrair um público de 500 mil pessoas. Nos cinco primeiros dias, 210 mil pessoas passaram pelo parque.

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