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A taxa de investimento no Brasil pode passar dos 20% do Produto Interno Bruto (PIB) em cinco anos, segundo dados de um estudo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) revelados na semana passada por Wagner Bittencourt, vice-presidente da instituição.

Segundo ele, o levantamento aponta que a taxa de investimento subiria dos atuais 18,6% para 22,2% do PIB em 2018, em razão do programa federal de concessões na área de infraestrutura. Mesmo assim, ainda ficaria abaixo da taxa de alguns países emergentes, como a China.

"Com o programa de concessões vamos avançar na linha de ter uma parcela significativa de investimento em relação ao PIB", disse Bittencourt.

O estudo apontou que entre 2014 e 2017 os investimentos em infraestrutura devem crescer 36,2% ante 2009-12 e devem totalizar R$ 509,7 bilhões.

Segundo ele, os investimentos em infraestrutura podem reduzir o custo de logística do país, dos atuais 11% para 8% do PIB. "Temos um déficit de competitividade por conta do nosso custo logístico, mas com esses investimentos poderemos equilibrar nossa matriz logística", disse Bittencourt. "Com isso, teremos margem de competitividade e condições de competir internacionalmente."

O BNDES projeta financiar de 23% a 24% dos recursos destinados a investimentos em infraestrutura e indústria o país até 2016. A estimativa é que os investimentos da indústria serão de pouco mais de R$ 1 trilhão de 2014 a 2017, com alta de 22,3% ante 2009-12. Agropecuária e os serviços devem ter investimentos de R$ 1,5 trilhão, com aumento de 28,6%.

Ainda neste ano, outro vice-presidente da instituição, João Carlos Ferraz, chamou a atual taxa de investimento do país de "ridícula", durante um evento, afirmando que o ideal seria algo entre 24% e 25% do PIB.

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