Consumidora diante de vitrine: consumo no ano deve crescer um pouco acima da inflação| Foto: Brunno Covello/ Gazeta do Povo

O curitibano deverá ser conservador nas compras de Natal, indica pesquisa divulgada ontem pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio-PR). Embora o estudo mostre que o consumidor está disposto a gastar mais do que em 2012 com as compras de Natal, tudo aponta que os presentes serão de baixo custo. Cerca de metade dos entrevistados afirma que quer gastar de R$ 201 a R$ 500. Mas 63% pretende presentear no máximo cinco pessoas.

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INFOGRÁFICO: Consumidor pretende escolher bem a quem presentear no natal

É melhor, porém, segurar um pouco qualquer expectativa otimista de receber um presente que custa três dígitos. Segundo outro estudo, que deve ser lançado nos próximos dias pela Associação Comercial do Paraná (ACP), o preço médio dos presentes no Paraná deve ficar em R$ 90. É menos do que a intenção de preço medida no início do mês nas 27 capitais pela Confederação Nacional dos Lojistas (CNDL): R$ 111,39, 30% a mais do que no ano passado.

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O presidente da federação, Darci Piana, lembra que o curitibano tem mostrado preocupação em honrar dívidas, o que deve limitar o uso do 13º salário para compras. "Em Curitiba, as famílias estão mais endividadas do que a média brasileira. É justificável porque nossa renda familiar é maior. Mas, por outro lado, a inadimplência é pouca e vem caindo".

Medido pela Fecomércio-PR em setembro, o endividamento é realidade para 86,4% das famílias de Curitiba. No mês, 20,3% tinham contas atrasadas – o segundo menor percentual do ano. Piana cita ainda os juros mais altos e o crédito mais difícil como fatores que devem segurar o impulso gastador típico do fim de ano. Por conta disso, a projeção da federação é de que as vendas no fim de 2013 aumentem pouco acima da inflação acumulada. Em vez dos cerca de 8,5% sobre o ano passado, a espera é por 6,5% a 7%.

Classes C e D

Com base na pesquisa sobre vendas de fim de ano a ser divulgada pela ACP, o assessor econômico da entidade, Cláudio Shimoyama, aposta que as classes C e D se mostrarão mais mão-aberta. Outra indicação é que o comércio se mostrará mais atraente se oferecer descontos a quem pagar à vista. Ao contrário de Darci Piana, da Fecomércio-PR, o assessor não vê indicativo ruim no fato de parte do comércio ter aderido às liquidações a mais de 20 dias do Natal. "Isso é cultural", acredita.

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