A carga tributária está em queda e não se trata exatamente de uma boa notícia para os contribuintes. A baixa se deve ao fraco desempenho da economia, e a tendência é de que a situação continue assim por algum tempo, avaliam, em estudo, os economistas José Roberto Afonso, Kleber Castro e Márcia Monteiro Matos.
Mensalmente, eles coletam os dados sobre a arrecadação federal, somam com os recolhimentos tributários dos estados e comparam o tamanho desse bolo com o Produto Interno Bruto (PIB). Assim, chegam a um valor que representa perto de 85% da carga tributária nacional.
Em março, dado mais recente apurado pelo grupo, a carga tributária brasileira estava em R$ 104,7 bilhões, o equivalente a 29,6% do Produto Interno Bruto (PIB). É uma queda de 0,61 ponto porcentual do PIB em comparação com março do ano passado e o pior resultado desde setembro de 2011.
Os números mostram que o mau desempenho se concentra nos tributos federais. Na esfera estadual, informa o estudo, houve aumento em comparação com o ano passado, em parte como resultado de programas de substituição tributária, que dão mais eficiência à arrecadação, e ao aumento das importações.