O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) fez um levantamento sobre as principais queixas dos consumidores sobre o empréstimo consignado do Auxílio Brasil e informou que encontrou pelo menos duas mil reclamações. Falta de informações, prazo para concessão dos valores superior a 48 horas, negativa do empréstimo sem justificativa, venda casada - em que a pessoa é obrigada a contratar um seguro para ter acesso ao crédito - estão entre os principais problemas verificados pela associação.
Também houve registro de assédio de instituições financeiras a beneficiários do Auxílio Brasil. A prática está proibida por uma portaria do governo federal. Ou seja, é o cliente que deve buscar as empresas para conseguir o crédito.
O mapeamento do Idec foi feito entre 11 e 17 de outubro em comentários dos consumidores em redes sociais (Instagram, Facebook, e YouTube), em páginas dedicadas a reclamações e também no site https://consumidor.gov.br/.
“A maioria das operações, quando são confirmadas, são pelo valor máximo. Não há relatos que trazem alertas sobre o risco de endividamento. Informações que indiquem que não é preciso usar todo o recurso de uma só vez. Enfim, um desrespeito com a população mais vulnerável”, afirmou a coordenadora do Programa de Serviços Financeiros do Idec, Ione Amorim.
O Idec é uma associação de consumidores sem fins lucrativos e não tem relação com partidos, governos ou empresas.
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