A matéria publicada anteriormente continha uma incorreção. O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o crescimento econômico pode ser negativo no ano passado, e não em 2015, como constava. O texto abaixo já foi corrigido.

CARREGANDO :)

O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou a cerca de 185 investidores na manhã desta quarta-feira (18) que o Brasil vai conseguir cumprir a meta de superávit primário de 1,2% este ano e que o crescimento econômico está desacelerando e pode ser negativo no ano passado, por conta do declínio no investimento.

"A consolidação vai continuar", disse Levy, destacando que a administração de Dilma Roussef está comprometida em entregar a meta fiscal de 1,2% de superávit primário.

Publicidade

O ministro prometeu ter em sua gestão o maior diálogo possível com o mercado, além de transparência na política fiscal. Levy afirmou que o objetivo e criar um ambiente de confiança e que favoreça decisões de investimento.

Inicialmente, ele falou dos avanços na educação do Brasil, destacando que o número de pessoas em faculdade dobrou nos últimos anos. "O Brasil tem coisas que precisam ser feitas imediatamente, mas tem passado por transformação", afirmou Levy logo no inicio de seu discurso. "Há muito ainda a ser feito no Brasil, estamos longe de onde gostaríamos."

Impostos

Aos investidores, o ministro disse que não estava "inventando novos impostos", apenas acabando com deduções implementadas e voltando a "impostos que já existiam".

Em um discurso claramente destinado a acalmar investidores e demonstrar as mudanças de rumo, Levy falou que os gastos com folha de pagamento de funcionários públicos e pensões tiveram seu crescimento moderado. "Houve disciplina lá", afirmou.

Publicidade

Ele confirmou diversas vezes que a responsabilidade fiscal continuaria e que o país não desperdiçou o boom das commodities da década passada, apesar de reconhecer que esse período de alta considerável das exportações e do valor das matérias primas "já acabou".

Na apresentação, que durou uma hora, Levy falou que o Brasil ainda era destino de fluxo forte de investimentos diretos externos e que a participação da iniciativa privada na construção de infraestrutura é uma "realidade" em aeroportos, estradas, portos e geração de energia. "Temos concessões bem-sucedidas nos últimos 20 anos".

Ainda disse que a preparação para a Olimpíada do Rio em 2016 "vai bem".

Agenda

Levy fez a apresentação na manhã desta quarta-feira para investidores e economistas, organizado pela Americas Society/Council of the Americas, pelo Brazil Investimentos e Negócios (Brain) e pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).

Publicidade

A agenda oficial do ministro nos EUA começou ontem com uma apresentação fechada para cerca de 50 pessoas em Washington. Levy deve voltar ainda nesta quarta ao Brasil.

Veja também
  • Mercado volta a piorar previsões e vê queda no PIB e inflação em 7,27%
  • Moody's vai reavaliar o rating da Petrobras até o fim do mês
  • Secretarias estaduais da Fazenda estão 'afinadas' com ajuste fiscal
  • Levy diz que ações são necessárias para manter conquistas sociais