Brasília (Folhapress) O secretário do Tesouro Nacional, Joaquim Levy, mostrou divergência ontem com a estratégia do Banco Central para a redução da dívida em dólar. O BC tem utilizado contratos de "swap cambial reverso" para essa estratégia. Esses papéis, entretanto, contribuem para elevar a parcela da dívida pública que varia de acordo com a Selic (taxa básica de juros da economia brasileira), o que vai na direção contrária dos objetivos do Tesouro. "Essa é uma decisão autônoma do Banco Central. Não é uma coisa coordenada com a dívida pública. Não tenho o que comentar, é julgamento que o ministro Meirelles [o presidente do BC, Henrique Meirelles] tem feito com a equipe dele", disse. O secretário do Tesouro disse que o entendimento do BC é que a administração da dívida pública "é uma coisa que não lhe diz respeito". Em janeiro secretário do Tesouro já havia divergido publicamente do BC, com críticas na lentidão com a queda dos juros. O ministro Antônio Palocci (Fazenda), a quem Levy está subordinado, divulgou em seguida nota em que negou desconforto no ministério com o BC.
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