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O ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, disse nesta segunda (30) que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está recuperando sua “identidade original”. Ele foi homenageado pelo banco e, em troca, teceu elogios ao presidente da instituição, o petista Aloísio Mercadante.
O ex-ministro do STF também prestou homenagem aos funcionários do banco, ressaltando o que seria uma resiliência pelos "desafios recentes enfrentados pela instituição".
“O BNDES, neste momento, está recuperando sua identidade original. O BNDES retorna àquele papel generoso que foi cogitado para a instituição nos anos 1950. Estou convencido de que se abre novamente uma fase importantíssima do BNDES, que é exatamente a recuperação dos valores que nortearam a sua criação”, disse.
O ministro aposentado também enfatizou a importância do desenvolvimento, tanto econômico como social, como um direito fundamental consagrado na Constituição Federal. Ele ressaltou que o BNDES é uma instituição “permanente e essencial” e previu que o banco desempenhará um papel importante na elevação do Brasil para o grupo das “10 maiores potências econômicas” do mundo.
A instituição realizou o “Fórum BNDES Direito e Desenvolvimento” com o objetivo de discutir o “papel das instituições jurídicas na efetivação do objetivo constitucional do desenvolvimento econômico e social”. O evento contou com a participação do presidente do STF, ministro Roberto Barroso, e do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
BNDES no novo mandato de Lula
Desde o início do atual mandato de Lula, o governo tenta retomar, por meio do BNDES, o financiamento de obras em outros países com recursos públicos, em especial aqueles governados por aliados do presidente.
Esse tipo de financiamento era praxe nos governos petistas anteriores, de Lula e de Dilma Rousseff, e auxiliou nas obras do porto de Mariel, em Cuba, e do metrô de Caracas, na Venezuela – que, junto de Moçambique, ainda devem US$ 1 bilhão ao banco. As operações foram interrompidas em 2016 após as empreiteiras que receberam recursos do banco, como a Odebrecht, entrarem na mira da Operação Lava Jato.