O líder da oposição grega, Alexis Tsipras, endureceu seus termos contra o resgate internacional do país no sábado (15), prometendo combater uma rodada de austeridade que Atenas está negociando com seus credores.

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O esquerdista de 38 anos disse que iria mobilizar seus parlamentares e partidários contra as medidas para evitar que elas provoquem danos irreparáveis à economia grega, depois de mais de dois anos de medidas de austeridade que cortaram os salários em um terço.

"A hora de parar a catástrofe é agora", disse Tsipras em um discurso na cidade de Salônica, no norte do país. "Essas medidas não devem ser aprovadas. Elas darão o golpe final no povo".

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Capitalizando sobre a frustração popular com os cortes passados, o partido Syriza de Tsipras surgiu das margens políticas para se tornar a segunda maior legenda na eleição de junho, perdendo por pouco para o primeiro-ministro conservador, Antonis Samaras, que agora lidera uma frágil coalizão de três partidos.

Atenas está atualmente negociando com inspetores da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional novos cortes que vão erodir ainda mais a renda familiar depois de cinco anos consecutivos de recessão e desemprego de quase 25 por cento.

Exasperados por seu desempenho reformista medíocre até agora, os credores estão pressionando a Grécia a concordar e a aprovar medidas rapidamente se quiser se qualificar para outros pagamentos de resgate e evitar uma bancarrota caótica que poderia obrigar o país a abandonar o euro.

A única maneira de a Grécia lidar com sua dívida descontrolada é repudiando grande parte dela, disse Tsipras: "Esse é o único modo crível e válido para sair da recessão".

Ele disse que a Grécia deve trabalhar com outros países europeus endividados e rejeitou temores de que se arriscava a ser expulso da zona do euro.

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"Ninguém na zona do euro tem motivo político para obrigar um país a deixá-la", disse Tsipras. "A Alemanha definitivamente não tem tal motivo".

O governo grego rejeitou as promessas de Tsipras de repudiar a dívida e reverter todos os cortes salariais e de aposentadorias feitas nos últimos dois anos.

"A única coisa que ele não esclareceu é em que moeda ele vai honrar suas promessas", disse o porta-voz do governo, Simos Kedikoglou.

"No Syriza eles estão sonhando em imprimir dracmas".