Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia (UE) realizarão na próxima quarta-feira (26) uma nova cúpula para discutir as medidas contra a crise financeira, antes do encontro entre os dirigentes dos países da zona do euro nesse mesmo dia.
O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, anunciou esta nova reunião ao término de uma cúpula da UE destinada a criar um pacote global de soluções à crise financeira.
Van Rompuy disse que é "plenamente consciente das sensibilidades" gerada pela relação entre os 27 países da UE e da zona do euro, mas ressaltou que o processo de tomada de decisões entre ambos grupos "deve ser o mais estreito possível".
Mesmo assim, deixou claro que "que os que compartilham uma moeda comum devem tomar as decisões sobre essa moeda".
A reunião extraordinária foi convocada a pedido de países, como o Reino Unido, que não pertencem à zona do euro para discutir entre os 27 as medidas de aumento da governança econômica na área da moeda única.
Em termos mais amplos, Londres formulou um pedido formal para que os estados que não fazem parte da eurozona possam discutir questões relacionadas com a moeda única, em virtude das consequências para seus interesses econômicos.
Suécia e República Tcheca apoiam a ideia, mas a Espanha, por exemplo, a rejeita por acreditar que esta colocação pode significar que os países que não fazem parte do euro condicionem os avanços da zona da moeda única.
A discussão sobre as relações entre os 27 membros da UE e os 17 países da zona euro ocupou hoje boa parte do encontro dos líderes comunitários.
O primeiro-ministro sueco, Fredrik Reinfeldt, defendeu que toda a UE trate das questões específicas da zona do euro, já que essas decisões "podem interferir nas estruturas dos 27, como mercado único".
Por outro lado, o secretário de Estado espanhol para a UE, Diego López Garrido, frisou que os membros do euro "não podem estar submetidos a possíveis vetos de outros países que não estão na zona do euro".
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