O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, anunciou que convocou de urgência uma cúpula de chefes de Estado e do governo da zona do euro para o próximo dia 22 de junho para tratar a situação grega, depois que o Eurogrupo não conseguiu alcançar um acordo nesta quinta-feira (18).
“À luz do resultado do Eurogrupo, decidi convocar uma cúpula da zona do euro. Chegou a hora de discutir com urgência a situação grega no máximo nível político”, afirma o breve anúncio de Tusk.
Embora já estivesse previsto que os chefes de Estado e do governo da União Europeia participassem de outra cúpula nos dias 25 e 26 de junho em Bruxelas para tratar a situação econômica e migratória, Tusk preferiu não esperar e convocar esta reunião extraordinária para a próxima segunda-feira.
Em Luxemburgo, a reunião desta quinta dos ministros de Economia e Finanças dos 19 países da zona do euro terminou sem um acordo sobre a Grécia, país ao qual seus sócios pediram que se comprometa a negociar “com seriedade”, segundo o vice-presidente da Comissão Europeia para o Euro, Valdis Dombrovskis.
“Sem acordo no Eurogrupo. Um sinal forte à Grécia para que se comprometa seriamente nas negociações. O Eurogrupo se mantém preparado para voltar a reunir-se em qualquer momento”, escreveu Dombrovskis em sua conta no Twitter.
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Por sua parte, o presidente do Eurogrupo e titular de Finanças holandês, Jeroen Dijsselbloem, disse na entrevista coletiva final desse fórum que “tomou nota da situação na Grécia”. “Infelizmente é preciso dizer que houve pouco progresso nas conversas entre Grécia e as instituições, e não há acordo ainda”, assinalou.
“O tempo está acabando, o programa (de resgate à Grécia) acaba no final de mês”, lembrou Dijsselbloem, destacando que, em caso de um acordo, ainda é preciso realizar os correspondentes procedimentos parlamentares em cada país para que entre em vigor e “resta muito pouco tempo”.
Dijsselbloem considerou que “ainda é possível conseguir um acordo e ampliar o programa antes do final do mês, mas a bola está no campo grego”, ressaltou.
O dia 30 de junho é o prazo que os membros do Eurogrupo tinham fixado em fevereiro deste ano para que o governo do primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, apresente essas medidas.
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