Os líderes do golpe militar na Tailândia estão próximos de nomear um primeiro-ministro civil, provavelmente um advogado capaz de conduzir a reforma política e não um economista, disse nesta sexta-feira o chefe da Aeronáutica Chalit Phukpasuka.
A nova constituição é a prioridade, o que significa que o conhecimento jurídico é o principal requisito, disse ele a repórteres três dias depois que os militares tomaram o poder e afirmaram que apontariam um primeiro-ministro civil em prazo de duas semanas.
- Ele deve ter um bom conhecimento da lei porque nosso objetivo é fazer emendas à Constituição - disse Chalit, um dos chefes militares que tomaram o poder na terça-feira para afastar o primeiro-ministro bilionário, Thaksin Shinawatra, enquanto ele estava fora do país. - A economia pode ser cuidada depois, por um vice primeiro-ministro.
O presidente da Suprema Corte Administrativa, Ackaratorn Chularat, é o novo favorito para a missão de produzir uma nova constituição sem as brechas que Thaksin foi acusado de usar para obter poderes quase ditatoriais.
Chalit confirmou que Ackaratorn é candidato, mas não entrou em detalhes. Ackaratorn disse que não foi procurado e recusou-se a dizer se aceitaria o cargo se lhe fosse oferecido.
As especulações sobre candidatos estavam em torno dos chefes da Organização Mundial do Comércio, Supachai Panitchpakdi, e do banco central, Pridiyathorn Devakula, figuras respeitadas e que poderiam garantir ao mundo que a economia da Tailândia, dependente de exportações, ficaria em boas mãos.
Os militares disseram que foram forçados a dar o golpe porque não havia outra maneira de acabar com a crise que colocou Thaksin, eleito duas vezes com maioria esmagadora, em conflito com a velha guarda e com manifestantes nas ruas dispostos a derrubá-lo.
Thaksin estava em Nova York na hora do golpe, o primeiro em 15 anos mas o 18º desde que a Tailândia tornou-se uma monarquia constitucional, em 1932. Dias depois, a mídia local publicou fotos dele sorrindo, de mãos dadas com a filha, em Londres.
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Grupos de direitos humanos e governos ao redor do mundo condenaram a supressão de liberdades civis pelos líderes do golpe, que proibiram "atividades políticas" e a divulgação de informações.
Os EUA disseram que estão revendo sua previsão de US$ 14 milhões em ajuda para a Tailândia neste ano.
Os comandantes militares foram formalmente nomeados para encabeçar o governo. Eles formam o recém-criado Conselho Administrativo para a Reforma.
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