Não há um "Plano Paulson europeu", mas os chefes de Estado e de governo da França, da Alemanha, do Reino Unido e da Itália chegaram, ontem à noite, em Paris, a um pacote de medidas para combater a crise do sistema financeiro internacional. Entre 19 medidas, a União Européia se comprometeu a garantir a liquidez do sistema financeiro - leia-se, salvar todos os bancos em risco de bancarrota.
A ação se dará com recursos nacionais - a idéia de um fundo comunitário de 300 milhões foi ignorada -, mas as decisões serão tomadas de maneira coordenada entre os governos do bloco. Por fim, as economias de correntistas de todos os bancos em dificuldade serão garantidas pelos 27 países.
Se não teve a força simbólica do Plano Paulson, a reunião do G-4 - os quatro países europeus do G7 - resultou em um tratado de garantias de impacto para acalmar a turbulência do mercado financeiro. Mais: a integração européia foi preservada. "Diante da crise, o importante é afirmar que a União Européia existe", disse o presidente francês Nicolas Sarkozy. "Neste espírito, asseguramos que as conseqüências, em relação a nossos vizinhos, das decisões tomadas no plano nacional serão efetivamente tomadas em consideração."
O socorro se dará com garantias aos poupadores e incluirá a responsabilização de executivos e acionários. "É justo que, quando o apoio público aos bancos em dificuldades é necessário, que ele seja acompanhado de medidas assegurando a proteção dos contribuintes, a responsabilização dos dirigentes, a divisão do custo com os acionários e a proteção dos interesses legítimos dos concorrentes", detalha a declaração. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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