Foz do Iguaçu Representantes de Brasil, Paraguai, Argentina e Chile discutiram ontem, em Foz do Iguaçu, o projeto de integração econômica da América do Sul por meio de ferrovias. A reunião faz parte de uma série de três encontros preparatórios ao Seminário Internacional do Corredor Bioceânico Paranaguá-Antofagasta/Mejillones del Sur portos chilenos previsto para ocorrer em junho de 2008, em Curitiba.
Dentro do contexto do Mercosul, o Corredor Bioceânico é considerado um dos mais importantes eixos de interligação justamente permitir o escoamento de produção tanto pelo Atlântico quanto pelo Pacífico. Com a ligação, países não banhados pelo mar, como o Paraguai, terão a possibilidade de comercializar seus produtos por qualquer um dos oceanos. "Também permitirá ao Brasil fazer um comércio regional mais intenso, assim como a Argentina e Chile. Ou seja, vai beneficiar todos os países da região", avaliou o conselheiro do Itamaraty Breno Dias da Costa.
O corredor é um dos projetos prioritários da Iniciativa de Integração da Infra-estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA). O financiamento virá do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e do Fundo de Desenvolvimento para a Bacia do Prata (Fonplata).
Em razão da dependência de vários países, Costa afirma que não há previsão para a concretização do corredor. Como explicou, o ideal é que todos os países caminhem juntos, "para que não haja descompasso". "Para viabilizar todo este eixo, é necessário que todas as partes estejam caminhando".
Ferroeste
Dentre os projetos a serem concluídos para a ligação, está a extensão da Ferroeste de Cascavel a Foz do Iguaçu cujo projeto final de engenharia já está concluído para posterior interligação com a malha ferroviária do Paraguai. "Decidiu-se que não se fala mais em projetos separados, como Cascavel-Foz do Iguaçu. É Cascavel a um ponto dentro do Paraguai, ainda a ser definido", disse o presidente da Ferroeste, Samuel Gomes.
Com a conexão, o trajeto de cerca de 180 quilômetros apenas restrito ao oeste poderá alcançar até 400 quilômetros, ao custo de aproximadamente US$ 400 milhões. Com a impossibilidade de a segunda ponte entre os países ligando Foz a Puerto Franco ser rodoferroviária, uma terceira ligação seria construída.
"Esta ponte seria apenas ferroviária em Foz. Seria a terceira, mas ganha viabilidade pois está dentro de um projeto em que custará apenas 10% do total, ou menos, dependendo da extensão do projeto", defendeu Gomes.
Outras duas reuniões preparatórias para o Seminário Internacional do Corredor Bioceânico Paranaguá-Antofagasta/Mejillones del Sur serão realizadas em Buenos Aires, em 29 de fevereiro de 2008, e em Santiago (Chile), um mês depois.
A meta é traçar um diagnóstico da linha ferroviária, avaliando os trechos já existentes, operacionalidade e as prioridades de cada governo em seus territórios.
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