Uma liminar da Justiça Federal de Curitiba impediu ontem que o milho transgênico da Bayer fosse à votação no Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). O juiz Nicolau Konkel Junior decidiu em favor da ação que solicita a realização de audiência pública antes de qualquer liberação comercial do milho da multinacional. O processo foi impetrado pela Terra de Direiros (organização civil pelos direitos humanos), Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e Assessoria e Serviços de Projetos em Agricultura Sustentável.
Um segundo evento, da Monsanto, que também deveria ser apreciado, não entrou na pauta porque a sub-comissão ambiental, ao contrário do que se previa, não concluiu o relatório que precede a votação na plenária da comissão. O comportamento da CTNBio frustou as expectativas do setor de pesquisa, que apostava no maior quórum do ano do total de 27 membros, 26 estavam presentes. Nos dois dias da última reunião do ano (terça e quarta), ambientalistas e organizações contrárias à liberação de transgêncios organizaram uma manifestação em frente ao local onde ocorreu o encontro dos membros da comissão. A próxima reunião acontece em fevereiro.
