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A maior oferta de crédito e o aumento no ritmo da construção de novas residências estão alavancando o comércio de eletrodomésticos de linha branca. Refrigeradores, lavadoras de louças e de roupas lideraram o aumento de vendas de eletroeletrônicos no primeiro semestre deste ano, que subiram 2,51% em relação à primeira metade de 2006. Segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), a indústria da linha branca elevou as vendas em 13,1% no período e deve continuar puxando o faturamento do setor até o final de 2007.

Na linha branca, as vendas de refrigeradores foram 24,56% maiores no primeiro semestre, em comparação ao mesmo período de 2006; as de lava-louças automáticas tiveram aumento de 44,83% e as de lavadoras de roupa, de 11,93%. A entidade não revela volumes, mas a expectativa é de que o setor eletroeletrônico feche o ano com crescimento de 18% em relação a 2006. "A tendência é a linha branca puxar o desempenho do setor este ano", afirma Lourival Kiçula, presidente da Eletros.

Segundo ele, o desempenho foi favorecido pela redução das taxas de juros, ampliação dos prazos de pagamento, melhoria do poder aquisitivo, além do interesse crescente do consumidor por produtos mais eficientes em termos de consumo de energia.

O boom imobiliário também deve contribuir para manter esse ritmo, já que o consumidor tende a adquirir eletrodomésticos novos para equipar a casa nova.

O segmento de portáteis também foi destaque, com crescimento de 13,26% na primeira metade do ano. As vendas de aspiradores de pó cresceram 17,36% em relação ao primeiro semestre de 2006, enquanto as de liquidificadores aumentaram 15,22%, e as de ferros de passar roupa, 14,99%.

A alta nas vendas da linha branca e de portáteis deve compensar a queda de 9,1% no comércio de televisores, e de 6,2% nas vendas de aparelhos de DVD. De acordo com Kiçula, além da reposição do parque instalado em 2006, a queda nas vendas deste produto se deve também à mudança no perfil do mercado, decorrente da menor demanda por aparelhos convencionais (chamados de CRT, sigla em inglês para Cathode Ray Tube).

"O segmento de televisores convencionais está diminuindo e, mesmo com o crescimento de TVs de LCD e plasma, não é possível compensar em unidades o menor volume de CRTs", afirma Kiçula. Isso ocorre porque a renda baixa do consumidor brasileiro ainda é um fator que limita a migração para as novas tecnologias.

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