A proteção da linha de transmissão Colinas-Imperatriz, da Trasnmissora Aliança de Energia Elétrica Taesa, onde foi originado o apagão da madrugada de sexta-feira (26) nas Regiões Norte e Nordeste, estava desativada. A afirmação foi feita ontem pelo ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, depois de uma reunião à tarde na sede do Operador Nacional do Sistema (ONS), no Rio.
O sistema de proteção deveria isolar o equipamento da linha que sofreu um curto-circuito. "A proteção primária e alternada não estava operante. Por isso houve o desligamento grande em toda a subestação. Isso (a proteção) evitaria um problema mais sério", afirmou o ministro.
A empresa, segundo o ministro, já havia informado às autoridades que havia mexido no ajuste da proteção na semana anterior ao apagão. Ao ser indagado se a Taesa havia apresentado ao ONS alguma justificativa para o apagão, o ministro afirmou: "Ela está avaliando como uma falha de procedimento, falha humana".
A elétrica, controlada pela Cemig, poderá ser punida. Procurada pelo Grupo Estado, a direção da empresa não havia se pronunciado sobre o assunto até o fechamento desta edição.
A equipe técnica que analisa o problema identificou que o curto danificou uma seccionadora, equipamento que permite fazer o desvio da energia em uma linha de transmissão em caso de falhas. A origem do curto-circuito ainda não foi identificada, mas está afastada a possibilidade de descarga elétrica provocada por raios.