Um atrás do outro
Quatro apagões atingiram o país em 35 dias. Relembre:
22 de setembro A falta de energia, causada por um incêndio em um transformador, atingiu todo o Nordeste, mais Pará e Tocantins.
3 de outubro O apagão afetou Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Acre, Rondônia, e foi causado por uma pane em uma subestação de Furnas.
4 de outubro Brasília ficou sem luz devido a uma falha em subestação de Furnas, no Distrito Federal.
25 de outubro Todo o Nordeste, mais Pará, Tocantins e Brasília foram atingidos.
A proteção da linha de transmissão Colinas-Imperatriz, da Trasnmissora Aliança de Energia Elétrica Taesa, onde foi originado o apagão da madrugada de sexta-feira (26) nas Regiões Norte e Nordeste, estava desativada. A afirmação foi feita ontem pelo ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, depois de uma reunião à tarde na sede do Operador Nacional do Sistema (ONS), no Rio.
O sistema de proteção deveria isolar o equipamento da linha que sofreu um curto-circuito. "A proteção primária e alternada não estava operante. Por isso houve o desligamento grande em toda a subestação. Isso (a proteção) evitaria um problema mais sério", afirmou o ministro.
A empresa, segundo o ministro, já havia informado às autoridades que havia mexido no ajuste da proteção na semana anterior ao apagão. Ao ser indagado se a Taesa havia apresentado ao ONS alguma justificativa para o apagão, o ministro afirmou: "Ela está avaliando como uma falha de procedimento, falha humana".
A elétrica, controlada pela Cemig, poderá ser punida. Procurada pelo Grupo Estado, a direção da empresa não havia se pronunciado sobre o assunto até o fechamento desta edição.
A equipe técnica que analisa o problema identificou que o curto danificou uma seccionadora, equipamento que permite fazer o desvio da energia em uma linha de transmissão em caso de falhas. A origem do curto-circuito ainda não foi identificada, mas está afastada a possibilidade de descarga elétrica provocada por raios.
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