Quando você faz uma busca sobre viagens, os anúncios do Google levam a companhias aéreas, agências e hotéis. É uma vantagem ter acesso a anúncios direcionados, mas os mecanismos usados para identificar o público na internet por faixa etária, localização ou hábitos abrem uma discussão sobre privacidade.
"Há um interesse da indústria em ter anúncios menos aleatórios", explicou o advogado Marcel Leonardi, professor da FGV-SP, no seminário da Associação Brasileira de Direito de Informática e Telecomunicações (ABDI), ocorrido em São Paulo.
Nessa nova realidade online, os dados dos cidadãos valem ouro. Para a indústria é interessante saber quem está do outro lado do computador para otimizar a publicidade. Para os usuários, há a vantagem de ter acesso à publicidade segmentada. Lembrando que os serviços gratuitos da web como provedores de conteúdo e todos os serviços do Google são custeados por publicidade. Mas a que preço? Hoje já dá para rastrear a navegação com ferramentas sofisticadas do chamado behavioral targeting (monitoramento comportamental). Elas definem quem visitou sua página a partir dos termos mais pesquisados, sites frequentados, padrões de navegação do visitante.
Nova moeda
Danilo Doneda, do Centro de Tecnologia e Sociedade da FGV-Rio, também lembrou que os dados pessoais são "a nova moeda". Mas mostrou preocupação. "Quais os riscos dessa negociação para nós, titulares desses dados?" Os mecanismos de rastreamento podem ser imperceptíveis. "É fundamental informar que a navegação está sendo registrada", diz.
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