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Nesta terça-feira (18), o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), defendeu a autonomia do Banco Central (BC) em meio às críticas do presidente Lula (PT) à instituição e ao presidente do BC, Roberto Campos Neto.
"A autonomia do Banco Central, às vésperas do Copom, aumentou a credibilidade da nossa política monetária. O nosso arcabouço fiscal e a reforma tributária racionalizam a nossa política fiscal", afirmou Lira durante participação em evento promovido pela CNN Brasil, que reuniu governo e iniciativa privada para debater formas de acelerar o crescimento do Brasil.
Mais cedo, ao conceder entrevista à rádio CBN, o presidente Lula (PT) disse que a única "coisa desajustada" do país é o Banco Central, e que os ricos se apoderaram do Orçamento mas se queixam dos gastos com o "povo pobre".
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O petista também criticou o presidente do BC e disse que Campos Neto “não demonstra nenhuma capacidade de autonomia” e que “tem lado político”. Lula ainda demonstrou incômodo com o recente encontro de Campos Neto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).
As declarações do presidente estremeceram o mercado e o dólar passou a operar com volatilidade chegando a atingir os R$ 5,44.
Na quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central vai definir o nível da taxa básica de juros (Selic). A expectativa do mercado é de que o juro básico seja mantido em 10,5% ao ano, interrompendo um ciclo de cortes iniciado em agosto do ano passado. O governo e o PT cobram novas reduções.