O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta quinta-feira (25) que devem ser estabelecidos dois grupos de trabalho com cinco ou seis deputados para analisar a proposta do governo para a regulamentação da reforma tributária. Os grupos serão definidos após uma reunião com os líderes partidários.
"O mais provável, e penso que mais correto, como as demandas serão muitas, a necessidade de conversas serão enormes. Na mão de um só, isso vai dar muito tumulto. Penso que dois grupos de trabalho [serão formados], com cinco ou seis parlamentares por grupo, para que as propostas sejam ouvidas e analisadas com todas as assessorias", disse Lira em entrevista à GloboNews.
Nesta quarta (24), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou o primeiro projeto de lei complementar com a regulamentação da reforma tributária. O texto tem mais de 300 páginas e 500 artigos.
Lira destacou que os grupos vão trabalhar na produção dos relatórios sobre as propostas. O governo ainda pretende mandar ao Congresso mais um projeto de lei complementar e um projeto de lei ordinária.
"Todo o Congresso está envolvido com esse tema, que é muito caro para a Câmara e o Senado. Nós vamos decidir isso de hoje para amanhã. Eu vou conversando com todos os líderes, tenho uma ideia do pensamento comum", disse.
O presidente da Câmara destacou que a responsabilidade sobre a análise deverá ser compartilhada. "Temos duas ou três dezenas de deputados muito afeitos a esse tema. Precisamos sempre agregar mais, dar mais participação, com transparência absoluta", afirmou. "É imperativo que todos tenham responsabilidade", reforçou.
Ele disse acreditar que a regulamentação da reforma tributária será aprovada na Câmara e no Senado até o fim deste ano. A expectativa de Lira é que a Câmara conclua a análise dos projetos até o recesso parlamentar de julho.
Reforma tributária promete simplificar impostos, mas Congresso tem nós a desatar
Índia cresce mais que a China: será a nova locomotiva do mundo?
Lula quer resgatar velha Petrobras para tocar projetos de interesse do governo
O que esperar do futuro da Petrobras nas mãos da nova presidente; ouça o podcast